O que você anda fazendo com seus 50.000 pensamentos diários?

Santahelena
5 min readNov 5, 2020

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Isso mesmo, não é força de expressão: a nossa mente — a minha, a sua, a nossa — processa aproximadamente 50.000 pensamentos por dia. Todos os dias. Hoje, por exemplo. Amanhã. Você entendeu, né?

Isso dá em média 34 pensamentos por minuto.

Um novo pensamento a cada 2 segundos.

Isso não é incrível?

Sabe o que não é incrível?

Que aproximadamente 90% desses pensamentos diários são negativos.

Não fique com essa cara de espanto.

Sabe quando a gente fica se questionando o tempo todo? Pensando em como tudo pode dar errado. Em como somos impostores em tudo que fazemos? A gente fica titubeando, sempre com receio de algo. Pensando como aquele encontro ou evento pode ficar aquém do que se espera. O que podem pensar de mim? E se pensarem algo injusto? Algo que não corresponde à verdade? Como vou lidar com isso, frustar todas as expectativas sobre mim? Como posso vir a errar e seravaliado e julgado por todo mundo?

Pois é, tudo isso são pensamentos negativos.

E eles ocupam 90% da sua atividade cerebral diária.

A gente costuma achar que o nosso pensamento é algo inofensivo. Que são só coisas doidas que a gente fica matutando. E ninguém tá ouvindo mesmo, qual o problema, né? Mas acredite: isso está te sabotando diariamente. Ao menos, 45.000 vezes ao dia.

Tem gente que prefere se auto-entitular crítico e analítico.

Mas no fundo no fundo todos temos essa horrível tendência de sermos pessimistas clássicos. Não negue, se desarme por um momento.

Isso acontece por razões químico-biológicas. Todos temos esse tipo de mecanismo de resposta automatizado em nosso cérebro reptiliano — aquele que nos preserva, que cuida da nossa segurança e nos afasta de qualquer ameaça. É por isso que ele vai ficar o tempo todo nos alertando, nos “amedrontando” até, para que pensemos no que pode dar errado e então possamos nos preservar dos perigos. E isso tudo não ocorre de forma racional. Por isso, precisamos agir de forma pró-ativa, racionalizada a princípio, se quisermos mudar isso.

“What you think is what you get”

A nossa mente tem um poder inimaginável que a gente insiste em sublimar, ignorar, questionar ou reduzir. E até quando pensamos nisso já estamos reduzindo potencialmente a nossa capacidade. Só de pensar em questionarmos esse poder.

Pense comigo: cada um dos 50.000 pensamentos que você teve ou vai ter no dia de hoje emana uma frequência. É isso mesmo, nosso cérebro emite, o tempo todo, ondas eletromagnéticas que vibram em frequências que reveberam no espaço-tempo.

Há quem acredite — como eu — que essas frequências de fato influenciam o universo e o rumo que as coisas tomam. Atraem acontecimentos e pessoas. Essas pessoas — como eu — acreditam que nosso cérebro é o imã mais poderoso do universo.

Pense como se o nosso cérebro fosse uma torre de transmissão de uma emissora de televisão. E essa torre transforma frequências em imagens. Quando a gente sintoniza o receptor em nossa casa na mesma frequência, a gente recebe essas imagens, não é mesmo? E escolhemos o canal que vamos ver selecionando essas frequências.

Com o pensamento é mais ou menos assim. O que a gente vibra na nossa frequência cerebral gera reações nos acontecimentos. Atrai e repele coisas e pessoas que vibram na mesma frequência eletromagnética.

Então como fazer pra reverter isso e ao menos melhorar um pouco essa proporção de pensamentos diários negativos e positivos?

Então, acontece que a maioria das pessoas pensa no que não quer e se pergunta: por que é que isso sempre acaba acontecendo se pensei tanto que não queria? Ou porque encontramos justamente com as pessoas que desejamos tanto não esbarrar por aí?

A resposta é simples (e complexa ao mesmo tempo): o nosso cérebro não sabe lá muito bem diferenciar o tipo de pensamento. Essa lei da atração do pensamento é uma lei da natureza, logo ela não julga. Ela não difere o que é algo bom que você quer ou algo ruim que você não quer. Ela atende o que você pensar e ponto.

Então, pensou, atrai, mesmo que você esteja pensando que NÃO quer que aconteça, entende?

Logo, vai aqui algumas dicas (teste por 1 mês fazer isso diariamente):

Não pense no que você não quer, pense no que você quer.

Não pense no que te amedronta, pense no que te encoraja.

Não pense nos seus defeitos, pense nas suas qualidades.

Não pense nos problemas, pense nas soluções.

Não pense “não quero me atrasar”, pense “vou chegar no horário”.

Não pense “minha memória é fraca”, mentalize “tenho uma memória boa e vai melhorar”.

E, acredite, esse processo de pensamento-atração-acontecimento está sempre operando, acontecendo, quer você queira ou não. Quer você acredite nisso ou não. Você não precisa aceitar ou concordar, não precisa dar nenhum tipo de “opt-in”. Ela rege o universo e você, por acaso, caso não tenha percebido, faz parte dele.

Então, livre-se dessas auto-crenças limitadoras que te sabotam diariamente. São como amarras, âncoras, jaulas em que você se auto-encapsula e cria um campo energético limitador e negativador de coisas boas. Faça um teste. Uma semana. Um mês.

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Professor de Deepmeaning Brandbuilding na Miami Ad School e no Istituto Europeo di Design (IED).

Coordenador de Estratégia na Miami Ad School.

Líder de Digital Content na Petrobras.

Autor dos livros:

“Visceral Brands: liberte a energia mais íntima e verdadeira da sua marca”(WIP, 2020)

“Modernidade Gasosa: relações humanas que se esvaem ao sabor dos ventos”(WIP, 2020)

“Truthtelling: por marcas mais humanas, autênticas e verdadeiras”(Ed.Voo, 2018)

“Muito Além do Merchan: como enfrentar o desafio de envolver as novas gerações de consumidores” (Ed.Campus-Elsevier, 2012)

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Santahelena

Writer, author; Professor of Deepmeaning Brandbuilding; Digital & Content Executive;